A Experiência das Pessoas com Deficiência Visual com Chatbots Web

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v15.nse2.41-52

Palavras-chave:

Acessibilidade, Chatbots, Experiência do Usuário, Deficiência Visual

Resumo

O presente artigo trata da acessibilidade em chatbots web para pessoas com deficiência visual, com o objetivo de identificar barreiras que impeçam o uso, acesso ou proporcionem uma má experiência para esses usuários diante desse tipo de interface conversacional. Os chatbots podem ser definidos como serviços ou tipos de programas alimentados por regras ou inteligência artificial, que buscam simular o diálogo de um ser humano por meio de interações baseadas em texto e/ou voz. O método utilizado para identificar as barreiras de acessibilidade consistiu na execução de um estudo exploratório e qualitativo, baseado em doze entrevistas com pessoas com deficiência visual de diferentes perfis. Os resultados mostraram que os cegos que tiveram experiências com chatbots enfrentaram uma série de dificuldades e frustrações, porém sentiram-se confortáveis ao interagir com um robô em vez de um ser humano. Concluiu-se que, apesar das barreiras encontradas, as pessoas cegas acreditam no potencial inclusivo da tecnologia e há a necessidade de aprofundar o tema para projetar interfaces mais acessíveis.

Biografia do Autor

Rodrigo Diego de Oliveira, Universidade Federal do Paraná, UFPR

Doutorando em Design de Sistemas de Produção e Utilização (2021/25) e Mestre em Design de Sistemas de Informação (2021) pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Design Centrado no Usuário (2013) e MBA em Gestão de Projetos (2016) pela Universidade Positivo (UP), Bacharel em Design Gráfico (2007) pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), pesquisador do LABERG (Laboratório de Ergonomia e Usabilidade da UFPR) com foco em experiência do usuário, design inclusivo, acessibilidade e tecnologias assistivas. Atualmente é Head de UX na Agrotis, empresa voltada para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para o agronegócio.  

Maria Lucia Leite Ribeiro Okimoto, Universidade Federal do Paraná, UFPR

Pós-doutorado na Technische Universitat München, Fakultät für Maschinenwesen Lehrsthul für Ergonomie de julho/2012 à fev/2013, Alemanha. Doutora na área de Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e RWTH-Aachen, Alemanha (2000). Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (1994). Graduação em Desenho Industrial pela Universidade Federal do Paraná (1983). Professora Titular do Departamento de Engenharia Mecânica na Universidade Federal do Paraná. Vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação em Design (2022-2024). Coodenadora do NAPI-TA da Fundação Araucária.(2022-2027). Atuando no curso de Graduação em Engenharia Mecânica da UFPR e nos Programas de Pós-graduação: Engenharia Mecânica (PGMEC) e DESIGN (PPGDesign) da UFPR. Coordena o Laboratório de Ergonomia e Usabilidade (LABERG, UFPR). Coordenadora da Rede de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva (RPDTA). Atua dentro dos seguintes enfoques: Design Inclusivo, Usabilidade, Ergonomia, Tecnologia Assistiva e Modelagem.  

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Publicado

2022-12-22

Edição

Seção

Artigo