A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS COM PESSOAS CEGAS OU COM BAIXA VISÃO: UMA REVISÃO DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v10.n4.275-287Resumo
As pessoas cegas ou com baixa visão devem exercer, em condições de igualdade, os direitos e deveres, que lhes asseguram a cidadania. Para isso, podem utilizar recursos diferenciados, que facilitem ou promovam o desenvolvimento de habilidades funcionais e, consequentemente, a inclusão social, entre os quais destacam-se as tecnologias assistivas (TA). Assim, apresentam-se nesse artigo, os resultados de uma revisão bibliográfica dos anos de 2007 até 2015, que teve o objetivo de analisar quais são as TA que podem ser utilizadas por pessoas cegas ou com baixa visão no contexto social e como elas influenciam na inclusão. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica e documental sobre as TA, a cegueira e a baixa visão, realizada na biblioteca virtual Scielo e no Portal Periódicos CAPES. Foram selecionados artigos brasileiros que faziam menção ao tema, que foram, posteriormente, analisados e categorizados conforme elementos comuns percebidos, e serviram de base para as considerações e discussões aqui apresentadas. Percebeu-se principalmente, que os recursos em questão são utilizados em diferentes contextos sociais e com finalidades variadas e que eles possibilitam maior independência para os usuários. As considerações finais apontaram a importância: do estudo sobre os benefÃcios promovidos pelas TA para as pessoas cegas ou com baixa visão, da conscientização da sociedade contra o preconceito e da implantação de polÃticas públicas para apoiar a utilização desses recursos com o público em questão.Referências
AMIRALIAN, Maria Lúcia Toledo Moraes. Sou cego ou enxergo? As questões da baixa visão Am I blind or seeing? The questions of low vision. Educar em Revista, n. 23, p. 15-28, 2004.
AMORIM, ESM dos S.; CARVALHO, de JL; MENEZES, Luana KB. Educação de cegos mediada pela tecnologia. Secretaria de Educação de Salvador. Salvador, 2009.
BARBOSA ET AL. Desenvolvimento de tecnologia assistiva para o deficiente visual: utilização do preservativo masculino. Rev Esc Enferm USP, v. 47, n. 5, p. 1163-9, 2013.
BERSCH R. Introdução à Tecnologia Assistida. Centro Especializado em desenvolvimento Infantil. Porto Alegre; 2008. p.1-19.
BRASIL, Ministério da Educação: Secretaria da Educação Especial. Portal de ajudas técnicas Equipamento e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência fÃsica: tecnologia assistiva: recursos de acessibilidade ao computador. Brasilia: ABPEE - MEC : SEESP, 2006. 66 p. DisponÃvel em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/tecnologia_assistiva.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2015.
BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. Tecnologia Assistiva. BrasÃlia: CORDE, 2009. 138 p.
CARLI, Andréa de. Efeitos da introdução das TIC´S no ensino de ciências da educação básica. 2013. 72 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Educação em Ciências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013
CAT Comitê de Ajudas Técnicas, 2007. Ata da Reunião VII, de dezembro de 2007, Comitê de Ajudas Técnicas, Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (CORDE/SEDH/PR). DisponÃvel em <http://www.infoesp.net/CAT_Reuniao_VII.pdf> Acesso em 12 ago. 2015
CAVALCANTE, Luana Duarte Wanderley et al. Tecnologia assistiva para mulheres com deficiência visual acerca do preservativo feminino: estudo de validação. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 49, n. 1, p. 14-21, 2015.
CEZARIO, Kariane Gomes; PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag. Tecnologia assistiva em saúde para cegos: enfoque na prevenção de drogas. Esc Anna Nery Rev Enferm, v. 11, n. 4, p. 677-81, 2007.
DE JESUS, Lana Tuan Borges; SAMPAIO, Alexandra da Silva Santos; BONILLA, Maria Helena Silveira. Tecnologia assistiva para crianças cegas: produtos de apoio para a mobilidade pessoal. Revista Educação Especial, v. 1, n. 1, p. 163-178, 2014.
FERRONI, MarÃlia Costa Câmara; GASPARETTO, Maria Elisabete Rodrigues Freire. Escolares com baixa visão: percepção Sobre as dificuldades visuais, opinião Sobre as relações com comunidade escolar E o uso de recursos de tecnologia assistiva nas atividades cotidianas. Rev. bras. educ. espec, v. 18, n. 2, p. 301-318, 2012.
FUNDAÇÃO DORINA. Deficiência visual. 2015. DisponÃvel em: <http://www.fundacaodorina.org.br/deficiencia-visual/>. Acesso em: 6 jul. 2015.
GALVÃO FILHO, T. A. A Tecnologia Assistiva: de que se trata? In: MACHADO, G. J. C.; SOBRAL, M. N. (Orgs.). Conexões: educação, comunicação, inclusão e interculturalidade. 1 ed. Porto Alegre: Redes Editora, p. 207-235, 2009.
GARCIA, Jesus Carlos Delgado; PASSONI, Irma Rossetto; GALVÃO FILHO, Teófilo Alves. A inovação em tecnologia assistiva no brasil: possibilidades e limites. In: I Simpósio internacional de estudos sobre a deficiência, 2013, São Paulo. Anais... . São Paulo: USP, 2013. v. 1, p. 1 - 15. DisponÃvel em: <http://www.memorialdainclusao.sp.gov.br/br/ebook/Textos/Jesus_Carlos_Delgado_Garcia.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2015.
GASPARETTO, Maria Elisabete Rodrigues Freire et al. Utilização de recursos de tecnologia assistiva por escolares com deficiência visual. Informática na educação: teoria & prática, v. 15, n. 2, 2012.
GIL, ANTONIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed., São Paulo: Atlas, 2002.
JANNUZZI, G. M. A. A luta pela Educação do Deficiente Mental no Brasil. 2 ed., 1992 Campinas. DisponÃvel em <https://books.google.com.br/books?id=b99FH0Jx-koC&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false> Acesso em: 20 jun. 2015
KASTRUP, VirgÃnia et al. O aprendizado da utilização da substituição sensorial visuo-tátil por pessoas com deficiência visual: primeiras experiências e estratégias metodológicas. Psicologia & Sociedade, v. 21, n. 2, p. 256-265, 2009.
LIMA, Manoela Maria Liomiza Pereira de. A importância das tecnologias assistivas para a inclusão de alunos com deficiência visual. 2011. 60 f. Monografia (Especialização) - Curso de Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão, Universidade Aberta do Brasil UAB, BrasÃlia, 2011. Cap. 5. DisponÃvel em: <http://bdm.unb.br/bitstream/10483/2433/1/2011_ManoelaMariaLiomiziaPereiradeLima.pdf>Acesso em: 24 ago. 2015.
MANZINI, Eduardo José. Formação do professor para o uso de tecnologia assistiva. Cadernos de Pesquisa em Educação PPGE-UFES, p. 11-36, 2013.
MONTEIRO, Mayla Myrina Bianchim; MONTILHA, Rita de Cássia Ietto; GASPARETTO, Maria Elisabete Rodrigues Freire. A atenção fonoaudiólogica e a linguagem escrita de pessoas com baixa visão: estudo exploratório. Rev. Bras. Ed. Esp, MarÃlia, v. 17, n. 1, p.121-133, jan. 2011. DisponÃvel em: <http://www.scielo.br/pdf/rbee/v17n1/v17n1a09.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2015.
MORAES, Roque. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação, v. 9. n. 2, p. 191-211, 2003.
SÁ, Elizabet Dias de; SIMÃO, Valdirene Stiegler. Alunos com Cegueira. In: Fortaleza. Ministério da Educação: Secretaria da Educação especial. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Os alunos com deficiência visual: baixa visão e cegueira. 3. ed. BrasÃlia: MEC, 2010. Cap. 2. p. 1-64. Organizado na Universidade Federal do Ceará. DisponÃvel em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=7105&Itemid;=.>. Acesso em: 7 jun. 2015.
SACI. Outros programas (softwares) para deficientes visuais. 2015. USP legal. DisponÃvel em: <http://saci.org.br/?IZUMI_SECAO=2>. Acesso em: 23 ago. 2015.
TAVARAYAMA, Rodrigo. O uso de recursos tecnológicos como facilitadores no atendimento educacional especializado com portadores de baixa visão. Nucleus, v. 8, n. 2, 2011.
VARELA, Renata Cristina Bertolozzi; OLIVER, Fátima Corrêa. A utilização de Tecnologia Assistiva na vida cotidiana de crianças com deficiência. Ciência & Saúde coletiva [online], v. 18, n. 6, p. 1773-1784, 2013.