BLOG COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA: UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO DE QUÍMICA

Autores

  • Leila Paula de Lima Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
  • Marcos Rodrigo Rosa de Oliveira Instituto Federal de Goiás
  • Kamilla de Faria Cândido Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
  • Renata Luiza da Costa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, IFG, Inhumas, GO

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v11.n3.458-467

Resumo

O objetivo deste texto é refletir a respeito de experiências pedagógicas com uso de tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC). Fundamentados no materialismo histórico-dialético, foi formulado o seguinte problema de pesquisa: O uso pedagógico de TDIC em atividades de estudo escolar garantem o engajamento de alunos adolescentes? Foi feita pesquisa qualitativa a partir da observação de aula e do acompanhamento de atividades em blog com turmas do ensino médio de escola pública. Os resultados mostraram que, embora seja bem difundido o mito da forte relação entre jovens e TDIC, observou-se que o engajamento dos alunos não está diretamente ligado ao uso de uma TDIC, mas ao tipo de atividade que é realizada por meio delas. As condições estruturais de sala de aula, do laboratório de informática e de acesso à internet, na escola e em casa, também influenciam muito a concretização de atividades do tipo pesquisado. Assim, pôde-se concluir que o fato de utilizar uma TDIC não garante engajamento, nos levando a inferir, portanto, que as teorias voltadas para o determinismo tecnológico são questionáveis.

Biografia do Autor

Leila Paula de Lima, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

Possui graduação em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2017). Atualmente é analista técnica pedagógica do Centro de Gestão em Educação Continuada. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Licenciatura Plena Química, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Ensino de Química; Tecnologias Digitais na Educação; Aprendizagem.

Marcos Rodrigo Rosa de Oliveira, Instituto Federal de Goiás

Graduando no curso Licenciatura em Química pelo Instituto Federal de Goiás. Participante do grupo de pesquisa NEPEQ, na mesma instituição, com pesquisas em Nanopartículas Magnéticas Cobertas com Sílica.

Kamilla de Faria Cândido, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

Mestre em Tecnologia de Processos Sustentáveis pelo IFG (2014). Especialista em Docência do Ensino Superior pela FABEC. Graduada em Licenciatura em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2012). Possui experiência na área de Química, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Energia renovável, células solares e ensino de química.

Renata Luiza da Costa, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, IFG, Inhumas, GO

Doutora em Educação pela PUC-GO (2015). Doutorado-sanduíche na Universidade de Sherbrooke, Canadá. Possui mestrado em Engenharia Elétrica e de Computação pela Universidade Federal de Goiás (2005) e graduação em Análise de Sistemas pela Universidade Salgado de Oliveira (2000). Professora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, câmpus Inhumas, vinculada ao departamento de Informática. Membro dos grupos de pesquisa NETI (Estudos e pesquisas sobre tecnologias da informação) e Kadjót (Pesquisa as relações entre educação e tecnologias). Participante de comitês científicos de revistas especializadas. Tem experiência nas áreas: Desenvolvimento de softwares; Educação e Tecnologias Digitais; Educação Online; Educação Profissional.

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Publicado

2018-11-01

Edição

Seção

Artigo