Nível de atividade física, comportamento sedentário e fatores associados: um estudo com professores universitários
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v17.n4.1460-1470Palavras-chave:
educação, qualidade de vida, saúde, docentes, práticas corporaisResumo
Para docentes universitários, o equilíbrio entre suas demandas profissionais e estilo de vida desempenha um papel fundamental na saúde a longo prazo, pois o aperfeiçoamento constante para atender às exigências de mercado, bem como o ritmo de produção acabam gerando repercussões psicossomáticas as quais influenciam na qualidade de vida desses profissionais. Dentre os fatores preventivos têm-se a prática regular de atividade física, trata-se de um comportamento, uma atitude, uma decisão, a qual possui potencial de melhorar a saúde do indivíduo. Neste estudo, avaliou-se o nível de Atividade Física e fatores associados, em docentes universitários de uma instituição pública localizada no semiárido piauiense. Tratou-se de uma pesquisa transversal, quantitativa e descritiva na Universidade Estadual do Piauí - Campus Barros Araújo, de dezembro de 2021 a julho de 2022, sendo 49 voluntários. Avaliou-se o nível de Atividade Física por meio da aplicação remota do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta. A análise dos dados deu-se por estatística descritiva com formulação de gráficos e tabelas com auxílio do Microsoft Excel 2016. A maioria dos docentes investigados considerou-se ativa (42,8%) quanto à atividade física auto relatada, embora com elevado comportamento sedentário, > 3 horas de tempo de tela durante a semana (83,7%) e durante o fim de semana (61,2%). Infere-se a importância de abordagens holísticas, com intuito de priorizar os fatores intervenientes à qualidade de vida, e manter hábitos saudáveis, evitando comportamentos indesejáveis para promover um bem-estar duradouro em sua vida profissional e pessoal.
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