Sobrevivência Educacional em Terra de Ninguém: A Jornada de uma Menina Apátrida para a Educação através de Pais Substitutos no Enclave Índia-Bangladesh
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v17.nse5.11-22Palavras-chave:
Alunos do Enclave, Pseudopais, Método de investigação narrativa, Narrativa pessoalResumo
O presente estudo emprega uma abordagem de investigação narrativa para explorar as experiências vividas por uma estudante de enclave que, devido à falta de um sistema educacional nos enclaves, teve que arranjar pais falsos para prosseguir sua educação dentro do território indiano ilegalmente. Por meio dessa narrativa pessoal, o estudo destaca a crise de identidade, as lutas emocionais e os desafios socioeducacionais enfrentados pela estudante enquanto ela navegava em sua jornada acadêmica, finalmente obtendo a cidadania indiana. Os pesquisadores coletaram as histórias da estudante cronologicamente, recontando-as para reconstruir situações de vida significativas que refletem os pensamentos, sentimentos e comportamentos internos que moldaram suas experiências. Ao mergulhar em seus encontros com o sistema educacional indiano e as complexidades de sua identidade social, este estudo visa fornecer uma perspectiva individualizada sobre a questão mais ampla da apatridia e seu impacto na educação e destaca como essas experiências de ilegalidade, crise de identidade e marginalização impactaram a jornada educacional da estudante, identidade social e desenvolvimento pessoal, levando finalmente à sua transformação após adquirir a cidadania indiana. O público ganha uma compreensão profunda de como a crise de identidade da aluna apátrida e as circunstâncias sociopolíticas dos enclaves moldaram sua trajetória pessoal e educacional, oferecendo insights sobre a resiliência e a agência necessárias para superar tais adversidades. Sua história oferece insights críticos sobre a complexa intersecção de identidade, legalidade e educação, lançando luz sobre as lutas ocultas de pessoas apátridas pela educação em todo o mundo.
Referências
Agamben, G. (1998). Homo Sacer: Sovereign Power and Bare Life. Stanford University Press.
Arendt, H. (1951). The Origins of Totalitarianism. Harcourt Brace Jovanovich.
Banerjee, S., Guha, S., & Chaudhury, A.B.R. (2017). The 2015 India-Bangladesh Land Boundary Agreement: Identifying Constraints and Exploring Possibilities in Cooch Behar, Observer Research Foundation, ORF- 117, 1-47.
Bhabha, H. K. (1994). The Location of Culture. Routledge.
Bhattacharya, D. (2018). Study on impact of execution of LBA, 2015 on the erstwhile enclaves’ people of India and Bangladesh. People: International Journal of Social Science, 4(2), 1166-1187.
Butalia, U. (2002). The Other Side of Silence: Voices from the Partition of India. New Delhi:
Penguin Books India.
Bourdieu, P. (1986). The Forms of Capital. In J. Richardson (Ed.), Handbook of Theory and
Research for the Sociology of Education (pp. 241-258). Greenwood.
Bruner, J. (1991). The Narrative Construction of Reality. Critical Inquiry, 18(1), 1-21.
Chakraborty, M. (2016). Geopolitics of Chhitmahal and Social Exclusion of the Inhabitants of Indo-Bangladesh Enclaves. University of Burdwan.
Chowdhury, M. L. H. (2018). Socio-Economic Conditions of the Enclave People in Bangladesh: Problems and Prospects. A Dissertation submitted to the University of Dhaka for the Degree of Master of Philosophy (M. Phil) in Political Science. University of Dhaka.
Clandinin, D. J., & Connelly, F. M. (2000). Narrative Inquiry: Experience and Story in Qualitative Research. Jossey-Bass.
Datta, S. (2002). Indo-Bangladesh Relations: An Overview of Limitations and Constraints. Strategic Analysis, 26(3), 427-437.
Erikson, E. H. (1968). Identity: Youth and Crisis. Norton.
Ferdoush, A. (2014). Rethinking Border Crossing Narratives: A Comparison Between Bangladesh-India Enclaves. Journal of South Asian Study, 02 (02), 107-113.
Jones, R. (2009). Sovereignty and Statelessness in the Border Enclaves of India and Bangladesh. Political Geography, 28 (6), 373-381
Kerby, A. P. (1991). Narrative and the self. Bloomington, IN: Indiana University Press.
Manby, B. (2010). Citizenship Law in Africa: A Comparative Study. Open Society Foundations.
Polkinghorne, D. E. (1995). Narrative configuration in qualitative analysis. International Journal of Qualitative Studies in Education, 8(1), 5–23. https://doi.org/10.1080/0951839950080103
Rahman, M. A., Naime, Z. ., Roy, A. C., and Kholilullah, M. I. (2023). Poverty and livelihood analysis of Former Enclave (Chitmahal) people in a selected area of Bangladesh. Archives of Agriculture and Environmental Science, 8(1), 35-43. https://doi.org/10.26832/24566632.2023.080106
Saha, A. (2011, August 18). “Koruna ar Doya Nirvor Jibon” (Life Based on Pity and Mercy). The Daily Prothom Alo. Dhaka, Bangladesh.
Sen. A. (2022). A Geographical Study on the Emotion of Erstwhile Enclave Dwellers of Cooch Behar District India and Rangpur Division Bangladesh. (Cooch Behar Panchanan Barma University).
Whyte, B. R. (2002). Waiting for the Esquimo: an historical and documentary study of the Cooch Behar enclaves of India and Bangladesh. Melbourne, Australia: School of Anthropology, Geography and Environmental Studies, University of Melbourne.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Mohammad Rezaul Karim, Hanin Badasah, Abdul Awal

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. A revista segue a política para Periódicos de Acesso Livre, oferecendo acesso livre, imediato e gratuito ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona mais democratização internacional do conhecimento. Por isso, não se aplica taxas, sejam elas para submissão, avaliação, publicação, visualização ou downloads dos artigos. Além disso, a revista segue a licença Creative Common (CC BY) permitindo qualquer divulgação do artigo, desde que sejam referenciados o artigo original. Neste sentido, os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: A) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC BY), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. B) Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional e não institucional, bem como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. C) Autores sãoo estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: repositórios online ou na sua página pessoal), bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.