The Emergence of Innovation Policies in Brazil

A Genealogy in the Light of the Debate on Science and Economic Activity

Authors

  • Danilo Mariano Pereira Universidade Estácio de Sá, UNESA

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v15.n3.336-348

Abstract

This article consists of a genealogy of policies to support technological innovation in Brazil, established between the 1990s and 2000. In particular, I will analyze the Sectorial Funds program, which is, if not the first, certainly one of the most important instruments of these policies, created still in 1999. The notions of genealogy and origin refer to Foucault (2007). Thus, the general objective of this article is to show that, at the origin of the Sectorial Funds and innovation policies in Brazil, we found a debate about the relationship between science and economic activity. More specifically, the question that arose at the time was the need to reconnect or rearticulate these two fields, that is, to make the scientific knowledge produced in the country become an engine for the development, growth and modernization of society. The specific objective is to show that the concept of innovation has emerged in Brazilian public policy as a mediator of the relationship between science and economic activity, in the sense that the Actor-Network Theory attributes to the notion of mediation (Latour, 2012). This implies, among other things, the recognition that, by reconnecting these two fields, the concept of innovation produced (or at least set out to produce) profound transformations in both.

References

ARAÚJO, Bruno Cesar; PIANTO, Donald; DE NEGRI, Fernanda; CAVALCANTI, Luiz Ricardo; ALVES, Patrick Franco. Impactos dos fundos setoriais nas empresas. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, nº especial, vol. 11, p. 85-112, 2012.

BARRY, Andrew. Political Machines: Governing a Technological Society. London, The Athlone Press, 2001.

BASTOS, Valéria Delgado. Fundos públicos para ciência e tecnologia. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, nº 20, vol. 10, pp. 229-260, 2003.

BATISTA, Paulo Nogueira. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos, In: SOBRINO, B.L. (org.). Em defesa do interesse nacional: desinformação e alienação do patrimônio público. São Paulo, Paz e Terra, 1994.

BIELSCHOWSKY, Ricardo. Notas sobre a questão da autonomia tecnológica na economia brasileira. Revista Dados, Rio de Janeiro, nº 16, pp. 109-136, 1977.

BORGES, Maria Creusa de Araújo. Regulação da educação superior brasileira: a Lei de Inovação Tecnológica e da Parceria Público-Privada. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, nº 4, vol. 41, pp. 961-973, 2015.

CORDER, Solange Maria. Financiamento e incentivos ao sistema de ciência, tecnologia e inovação no Brasil: quadro atual e perspectivas. Tese (Doutorado em Política Científica e Tecnológica), Unicamp, Campinas, 2004.

DAGNINO, Renato. Neutralidade da ciência e determinismo tecnológico: um debate sobre a tecnociência. Campinas, Editora da Unicamp, 2008.

DE NEGRI, João Alberto, DE NEGRI, Fernanda; LEMOS, Mauro Borges. O impacto do programa FNDCT sobre o desempenho e o esforço tecnológico das empresas industriais brasileiras, In: DE NEGRI, J.A.; KUBOTA, L.C. (orgs.). Políticas de incentivo à inovação tecnológica no Brasil. Brasília, Ipea, 2008, pp. 291-319.

DOSI, Giovanni. Mudança técnica e transformação industrial: a teoria e uma aplicação à indústria dos semicondutores. Campinas, Editora da Unicamp, 2006.

ETZKOWITZ, Henry. The Triple Helix: university-industry-government innovation in action. New York, Routledge, 2008.

FERRARI, Amilcar. O Fundo do Desenvolvimento Técnico-Científico (Funtec) do BNDE. Revista Parcerias Estratégicas, Brasília, nº 26, p. 299-322, 2008.

FOUCAULT, Michel. Nietzsche, a genealogia e a história, In: MACHADO, R. (org). A microfísica do poder. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1979.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo, Martins Fontes, 2007.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1988.

FREEMAN, Chris. The “National System of Innovation†in historical perspective. Cambridge Journal of Economics, Cambridge, nº 1, vol. 19, p. 5-24, 1995.

HARAWAY, Donna. Simians, Cyborgs and Women: The Reinvention of Nature. New York, Routledge, 1991.

KNORR-CETINA, Karin. Epistemic cultures: how the sciences make knowledge. Cambridge & London, Harvard University Press, 1999.

KUZNETS, Simon. Modern economic growth. New Haven, Yale University Press, 1966.

LATOUR, Bruno. A ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo, Editora UNESP, 2000.

LATOUR, Bruno e WOOLGAR, Steve. A vida de laboratório: a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1997.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaios de antropologia simétrica. Rio de Janeiro, Editora 34, 1994.

LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede. Salvador, EDUFBA, 2012.

LAW, John. After method: mess in social science research. London & New York, Routledge, 2004.

LUNDVALL, Bengt-Ake. National Systems of Innovation: Towards a Theory of Innovation and Interactive Learning. Londres, Frances Pinter, 1992.

MANTEGA, Guido. O governo Geisel, o II PND e os economistas. Núcleo de pesquisas e publicações/FGV - relatórios de pesquisas, nº 3, pp. 1-62, 1997.

MAZZUCATTO, Mariana. O Estado Empreendedor: desmascarando o mito do setor público vs. setor privado. São Paulo: Portfolio-Penguin, 2014.

MELO, Luiz Martins de. Financiamento ao desenvolvimento científico e tecnológico: atuação da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep (1967-1987). Dissertação (Mestrado em Ciências), UFRJ, Rio de Janeiro, 1988.

MELO, Luiz Martins de. Financiamento à inovação no Brasil: análise da aplicação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) de 1967 a 2006. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, nº 1, vol. 8, pp. 87-120, 2009.

MILANEZ, Arthur. Os fundos setoriais são instituições adequadas para promover o desenvolvimento industrial no Brasil?. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, nº 27, vol. 14, p. 123-140, 2007.

MCT & ABC. Ciência, tecnologia e inovação: desafio para a sociedade brasileira – Livro Verde. Brasília, Ministério da Ciência e Tecnologia & Academia Brasileira de Ciências, 2001.

MCT. Livro Branco: Ciência, Tecnologia e Inovação. Brasília, Ministério da Ciência e Tecnologia, 2002.

MORAES, Jose Mauro. Uma avaliação de programas de apoio financeiro à inovação tecnológica com base nos Fundos Setoriais e na Lei de Inovação, In: DE NEGRI, J.A.; KUBOTA, L.C. (orgs.). Políticas de incentivo à inovação tecnológica no Brasil. Brasília, Ipea, 2008, pp. 67-105.

NOGUEIRA, Mauro; KUBOTA, Luis Claudio; MILNE; Daniele. CT-Info: uma visão a fundo. Revista Brasileira de Inovação, nº 2, vol. 10, p. 407-444, 2011.

PACHECO, Carlos Américo. A Criação dos “Fundos Setoriais†de Ciência e Tecnologia. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, nº 1, vol. 6, p. 191-223, 2007.

PEREIRA, Newton (et al). Perfil dos projetos financiados pelo CT-Petro. Revista Parcerias Estratégicas, Brasília, nº 17, vol. 8, p. 215-249, 2003.

RABINOW, Paul. Essays on the anthropology of reason. Princeton, Princeton University Press, 1996.

REZENDE, Sergio Machado. Momentos da ciência e tecnologia no Brasil: uma caminhada de 40 anos pela C&T. Rio de Janeiro, Vieira & Lent, 2010.

ROHDEN, Fabiola. Notas para uma antropologia a partir da produção do conhecimento, os usos das ciências, intervenções e articulações heterogêneas, In: FONSECA, C.; ROHDEN, F.; MACHADO, P.S. (orgs.). Ciências na vida: antropologia da ciência em perspectiva. São Paulo, Terceiro Nome, 2012, pp. 49-57.

ROSENBERG, Nathan. Quão exógena é a ciência?, In: ROSENBERG, N. (Org.). Por dentro da caixa preta: tecnologia e economia. Campinas, Editora da Unicamp, 2006.

SCHUMPETER, Joseph. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juros e o ciclo econômico. São Paulo, Abril Cultural, 1982.

SCHWARTZMAN, Simon. Pesquisa científica e o interesse público. Revista Brasileira de Inovação, nº 2, vol. 1, p. 361-395, 2002.

STAL, Eva & FUJINO, Asa. The evolution of universities’ relations with the business sector in Brazil: what national publications between 1980 and 2012 reveal. Revista de Administração, nº 1, vol. 51, pp.72-86, 2016.

STENGERS, Isabelle. A invenção das ciências modernas. São Paulo, Editora 34, 2002.

STRATHERN, Marilyn. Partial Connections. Savage: Rowman and Littlefield, 1991.

VELOSO, Fernando; VILLELA, André; GIAMBIAGI, Fabio. Determinantes do “milagre†econômico brasileiro (1968-1973): uma análise empírica. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, nº 2, vol. 62, pp. 221-246, 2008.

VIOTTI, Eduardo. Brasil: de políticas de C&T para políticas de inovação? Evolução e desafios das políticas brasileiras de ciência, tecnologia e inovação, In: PIRES, T. (org.). Avaliação de políticas de ciência, tecnologia e inovação: diálogo entre experiências internacionais e brasileiras. Brasília, CGEE, 2008, pp. 137-173.

Published

2022-09-22

Issue

Section

Article