Percepção de estresse e qualidade de vida em universitários no pós-pandemia

Autores

  • Joelma Lameu Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ
  • Wanderson Fernandes de Souza Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v17.n1.213-224

Palavras-chave:

estresse, qualidade de vida, Estudantes universitários, pandemia

Resumo

Trata-se de um estudo transversal com objetivo de avaliar a percepção de estresse e a qualidade de vida dos estudantes de graduação no retorno às atividades presenciais. Participaram da pesquisa 174 estudantes, de variados cursos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Utilizou-se como instrumentos de coleta a Escala de Percepção de Estresse (PSS-10) e o Questionário de qualidade de Vida (SF-36), além de um questionário sociodemográfico. Os resultados mostraram que 90,22% dos estudantes tinham uma percepção moderada de estresse e 9,77%, uma percepção alta. Nenhum aluno apresentou baixa percepção de estresse. Em relação à qualidade de vida, os resultados apontaram índices abaixo de 50% para as dimensões relacionadas à Limitação por aspectos físicos, Estado Geral de saúde, Vitalidade, Aspectos Sociais, Aspectos Emocionais e Saúde Mental, indicando alta limitação em todas estas áreas. A correlação encontrada entre as variáveis percepção de estresse e qualidade vida foram significativas (p<0,05), negativas e variaram de moderada a forte, em todos as dimensões, com destaque para a dimensão Saúde Mental, que apresentou forte correlação negativa com o estresse percebido (r=-,661; p<0,01). Assim como em outros estudos realizados com populações universitárias, foi encontrada predominância de estresse percebido mais alto no sexo feminino. Foram identificados piores resultados na qualidade de vida nas dimensões Capacidade Funcional, Dor, Estado Geral, Aspectos Sociais e Saúde Mental. A maior percepção de estresse esteve associada aos menores resultados em qualidade de vida, principalmente na dimensão Saúde mental. Os resultados demonstraram uma vulnerabilidade na saúde mental desses estudantes, associada à maior percepção de estresse, indicando a necessidade do aprimoramento dos programas de atenção psicossocial da instituição, com especial atenção às práticas de gerenciamento do estresse.

Biografia do Autor

Wanderson Fernandes de Souza, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ

Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Ferderal Rural do Rio de Janeiro (PPGPSI). Graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Mestre em Ciências pelo Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (Epidemiologia) da ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz - 2007). Doutor em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz (2011). Tem experiência na área de pesquisa em Psicologia, atuando principalmente nos temas: Psicometria, Fundamentos e Metodologia de Pesquisa, Psicologia Clínica, Epidemiologia da Saúde Mental.

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Publicado

2024-03-28

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