Espaço físico escolar e o processo de criação na arquitetura: a percepção do aluno na pandemia
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v17.n1.247-263Palavras-chave:
ensino remoto emergencial, experiência estética, aprendizagem criativa, arquitetura e urbanismoResumo
Este trabalho tem como objetivo compreender o impacto do afastamento do espaço físico escolar durante a pandemia, para os alunos de Arquitetura e Urbanismo, no processo de criação nas disciplinas de projeto de arquitetura, urbanismo e paisagismo em uma instituição de ensino superior particular, em Curitiba. Aplicou-se questionário, mediado por TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, respondido pelos discentes, e fez-se entrevista estruturada com o gestor. A partir disso, evidenciou-se a importância do espaço físico escolar para o estímulo dos processos criativos. Os principais efeitos do distanciamento físico foram interpretados, de modo geral, negativamente pelos alunos, professores e coordenação. Porém, as mudanças estabelecidas pelo Ensino Remoto Emergencial (ERE) concretizaram o ensino on-line das disciplinas de projeto, influenciando no surgimento de cursos de graduação nos moldes de Educação a Distância (EaD), reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), mas ainda questionados e desaprovados pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU BR). Nessa investigação, procurou-se contribuir para as discussões sobre o desenvolvimento criativo nos modos remotos recentes, nas possíveis situações semelhantes que possam acontecer no futuro, ou no refinamento de instrumentos educacionais. Mesmo sem esgotar o assunto, refletiu-se sobre as dificuldades da expressão criativa por meio do sistema remoto para os alunos, e compreendeu-se a significação dos espaços físicos escolares para as disciplinas de projeto.Referências
Aires, R. W. A., Moreira, F. K., & Freire, P. S. (2017). Indústria 4.0: desafios e tendências para a gestão do conhecimento. In: Anais do 1o Seminário Universidades Corporativas e Escolas de Governo, Florianópolis, SC, Brasil.
Axtell, S., & Asino, T. I. (2020). Questões emergentes de tecnologia da informação no ensino superior. Em questões de TI no ensino superior: pesquisa emergente e oportunidades (pp. 1-16). IG Global.
Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA). (2020). Ensino de Arquitetura e Urbanismo e a Pandemia do COVID-19. Recuperado de https://caubr.gov.br/wp-content/uploads/2020/03/DECLARAC%CC%A7A%CC%83O-ABEA-COVID-19-1.pdf.pdf.pdf.pdf
Bardin, L. (2015). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Bianchi, G. (2008). Métodos para estímulo a criatividade e sua aplicação em arquitetura. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas.
Bohoslavsky, J. P., & Rulli, M. (2020). Covid-19, instituciones financieras internacionales y continuidad de las políticas androcéntricas en América Latina. Revista Estudos Feministas, 28(2), 1-1. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n273510
Creswell, J. W. (2010). Projeto de Pesquisa - Métodos Qualitativo, Quantitativo E Misto: Métodos Qualitativo, Quantitativo e Misto. Porto Alegre: Penso.
Cordeiro, K. M. D. A. (2020). O Impacto da Pandemia na Educação: A Utilização da Tecnologia como Ferramenta de Ensino. Recuperado de http://dspace.sws.net.br/jspui/handle/prefix/1157
Cunha, M. P., Rego, A., Campos, R., Cunha, R., & Neves, P. (2014). Manual de comportamento organizacional e gestão. Lisboa: Editora RH.
Dewey, J. (2010). A arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes.
Faez, C. B., & Barreto, M. A. M. (2021). CyberSix Learning: Development and systematization of a methodology for remote teaching. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 8(4), 101-108. https://dx.doi.org/10.22161/ijaers.84.11.
Farro, A., et al. (2020). COVID-19 e saúde mental: a emergência do cuidado. Estudos de Psicologia (Campinas), 37(1), 1-14. https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200074
Ferguson, N. M., et al. (2020). Report 9 - Impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID-19 mortality and healthcare demand. Imperial College London, 2020. Disponível em: https://www.imperial.ac.uk/mrc-global-infectious-disease-analysis/disease-areas/covid-19/report-9-impact-of-npis-on-covid-19/. Acesso em: 01 nov. 2023.
Ferreira, D. C. S. (2021). Arquitetura e práticas artísticas como obra aberta: fruição e apropriação. 2021. Dissertação de mestrado, Instituto Politécnico do Porto.
Ferreira, L. H. & Barbosa, A. (2020). Lições de quarentena: limites e possibilidades da atuação docente em época de isolamento social. Praxis educativa, 15. 1-24. https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.15.15483.076.
Gusso, H. L., et al. (2020). Higher education in the times of pandemic: university management guidelines. Educação & Sociedade, 41. https://doi.org/10.1590/ES.238957.
Kneller, G. F. (2003). Arte e ciência da criatividade. São Paulo: Ibrasa.
Maia, A. C. B. (2020). Questionário e entrevista na pesquisa qualitativa: elaboração, aplicação e análise de conteúdo – Manual Didático. São Carlos: Pedro & João Editores.
McCrindle, M., Wolfinger, E., & Salt, B. (2014). The ABC of XYZ: understanding the global generations. Sydney: Unsw Press.
Pallasmaa, J. (2011). Os olhos da pele: a arquitetura dos sentidos. Porto Alegre: Bookman.
Pallasmaa, J. (2013). A Imagem Corporificada: Imaginação e Imaginário na Arquitetura. Porto Alegre: Bookman.
Perrien, J., Chéron, E. J., & Zins, M. (1996). Recherche en marketing: méthodes et décisions. Boucherville Québec: G. Morin.
Prensky, M. (2001). Digital natives, digital immigrants. On the Horizon. New York: MCB University Press.
Resnick, M. (2017). Lifelong Kindergarten: Cultivating Creativity through Projects, Passion, Peers, and Play. Massachusetts: MIT Press.
Santos, A., Costa, J., & Rocha, B. (2020). O paradigma da ESCOLA no espaço da CASA. Castelo Branco: Ensino magazine.
Silva Monteiro, J. C. (2020). Os processos formativos na sociedade da Informação. REPECULT-Revista Ensaios e Pesquisas em Educação e Cultura, 5(8), 140-153.
Silveira, R. M. H. (2007). A entrevista na pesquisa em educação: uma arena de significados. In: Costa, M. V. (Org.). Caminhos investigativos II: outros modos de pensar e fazer pesquisa em educação. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina editora, pp. 117-138.
Tramontano, M., et al. (2020). Remoto online, ensino de projeto. Lições de uma pandemia. Arquitextos, Vitruvius, 247(05). Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/21.247/7967. Acesso em: 01 de nov. 2023.
Travassos, V. D. C. (2019). A importância das soft skills nas competências profissionais. (Dissertação de Mestrado). Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra. Coimbra, Portugal.
Valença, M. M. (org.). (2022). Arquitetura e Criatividade. Rio Grande do Norte: EDUFRN.
Wilderom, M., & Arantes, P. F. (2020). Arquiteturas da distância: o que a pandemia pode revelar sobre o ensino de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Archdaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/944738/arquiteturas-da-distancia-o-que-a-pandemia-pode-revelar-sobre-o-ensino-de-arquitetura-e-urbanismo?ad_source=search&ad_medium=search_result_articles. Acesso em 01 de nov. de 2023.
Yin, R. (2014). Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Luíza Chiarelli Almeida Barbosa, Rosa Maria Mendes Godoy
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. A revista segue a política para Periódicos de Acesso Livre, oferecendo acesso livre, imediato e gratuito ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona mais democratização internacional do conhecimento. Por isso, não se aplica taxas, sejam elas para submissão, avaliação, publicação, visualização ou downloads dos artigos. Além disso, a revista segue a licença Creative Common (CC BY) permitindo qualquer divulgação do artigo, desde que sejam referenciados o artigo original. Neste sentido, os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: A) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC BY), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. B) Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional e não institucional, bem como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. C) Autores sãoo estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: repositórios online ou na sua página pessoal), bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.