Sentidos atribuídos por crianças em situação de acolhimento sobre a escola
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v18.n3.718-730Palavras-chave:
Criança, Acolhimento Institucional, Educação, PsicologiaResumo
Este trabalho é resultado de uma pesquisa que teve como objetivo compreender os sentidos atribuídos por crianças em situação de acolhimento institucional sobre a escola. Participaram da pesquisa quatro crianças com idades entre 7 e 12 anos. Para coleta de dados foram realizadas observações participantes, entrevistas semiestruturadas e desenho comentado. Para a análise dos dados foi utilizada a metodologia de análise de conteúdo de Bardin (2011), com base no referencial teórico da Psicologia Histórico-Cultural. A partir da análise dos dados coletados, empreendeu-se a construção de três categorias, sendo: 1) Afetividade, vínculos e pertencimento: será que tenho espaço aqui?; 2) O lúdico no processo de aprendizagem e desenvolvimento, um caminho possível; 3) Vivências conflituosas na escola. As considerações apresentadas neste estudo pretendem contribuir para a discussão sobre os sentidos que a criança em situação de acolhimento atribui à escola, sem esgotar as discussões que emergem sobre esse tema. A pesquisa nos permitiu (re)conhecer a importância do afeto e da criação de vínculos no processo de ensino e aprendizagem.
Referências
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, Centro Gráfico.
Brasil. (1990). Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá providências. Brasília, DF: Presidência da República.
Brasil. (2009). Resolução Conjunta nº 1, de 18 de junho de 2009. Dispõe sobre as Orientações técnicas: serviço de acolhimento para crianças e adolescentes. Brasília, DF: Presidência da República.
Brasil. (2017). BNCC - Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Clarindo, J. M. (2020). Clínica Histórico-cultural: caracterizando um método de atuação em psicoterapia. (Tese de Doutorado). Universidade Federal do Ceará. Fortaleza.
Conselho Nacional dos Direitos da Criança, & do Adolescente (Brazil). (2006). Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. CONANDA, Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Conte, E., & Fialho, B. P. (2016). A amizade nas relações de ensino e aprendizagem. Perspectiva, 34(1), 205-239. https://pdfs.semanticscholar.org/8237/b014423f5ce8475ed3cfa86369e9e55c5e86.pdf DOI: https://doi.org/10.5007/2175-795X.2016v34n1p205
Conti, L. D. C., & Sperb, T. M. (2010). Práxis psicoterapêutica de estagiários de psicologia: Análise do relato e da trama narrativa. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(2), 305-314. https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17801/16299 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-37722010000200012
Espinosa, B. (2015). Ética. São Paulo: Edusp.
Facci, M. G. D. (2004). A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva de Leontiev, Elkonin e Vygotsky. Cadernos Cedes, 24(62), 64-81. https://www.scielo.br/j/ccedes/a/3Nc5fBqVp6SXzD396YVbMgQ/abstract/?lang=pt DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-32622004000100005
Gomes, C. A. V. (2013). O lugar do afetivo no desenvolvimento da criança: Implicações educacionais. Psicologia em Estudo, 18(3), 509-518. https://www.scielo.br/j/pe/a/SfrDL3FRH93VPXXz76Gxfvm DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722013000300012
Gomes, C. A. V., & Mello, S. A. (2010). Educação escolar e constituição do afetivo: Algumas considerações a partir da psicologia histórico-cultural. Perspectiva, 28(2), 677-694. https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/2175-795X.2010v28n2p677 DOI: https://doi.org/10.5007/2175-795X.2010v28n2p677
Loos, H., & Sant’Ana, R. S. (2007). Cognição, afeto e desenvolvimento humano: A emoção de viver e a razão de existir. Educar, 30, 165-182. https://www.scielo.br/j/er/a/QxT9kCRCMDCx9Ypyyxs7Jtq DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40602007000200011
Machado, L. V., Dias Facci, M. G., & Shima Baroco, S. M. (2011). Teoria das emoções em Vigotski. Psicologia em Estudo, 16(4), 647-657. https://www.scielo.br/j/pe/a/cvL9hMXKctvZpzF3nLFdyYw DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722011000400015
Martins, J. B. (1996). Observação participante: Uma abordagem metodológica para a Psicologia Escolar. Semina: Ciências Sociais e Humanas, 17(3), 266-273. https://pdfs.semanticscholar.org/20ac/db799379d174c976b9443986bf2fe7a3393a.pdf DOI: https://doi.org/10.5433/1679-0383.1996v17n3p266
Oliveira, M. K. (1997). Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico (4ª ed.). São Paulo: Scipione.
Rizzini, I., & Rizzini, I. (2004). A institucionalização de crianças no Brasil: percurso histórico e desafios do presente. Edições Loyola.
Rolim, A. A. M., Guerra, S. S. F., & Tassigny, M. M. (2008). Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil. Revista Humanidades, 23(2), 176-180. http://brincarbrincando.pbworks.com/f/brincar%2B_vygotsky.pdf DOI: https://doi.org/10.5020/23180714.2008.440
Rosseti-Ferreira, M. C., Serrano, S. A., & Almeida, I. G. (2011). O acolhimento institucional na perspectiva da criança. CINDEDI – Centro de Investigação sobre o Desenvolvimento e Educação, Departamento de Psicologia. http://www.cindedi.com.br/file/d3126f2c862c44e34ba4eaa29c378e38
Silveira, F. (2022, fevereiro 9). Joinville amplia vagas na rede municipal de ensino. O Mirante Joinville. https://omirantejoinville.com.br/2022/02/09/joinville-amplia-vagas-na-rede-municipal-de-ensino
Toassa, G. (2009). Emoções e vivências em Vigotski: Investigação para uma perspectiva histórico-cultural [Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo]. doi: 10.11606/T.47.2009.tde-19032009-100357 DOI: https://doi.org/10.11606/T.47.2009.tde-19032009-100357
Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: A pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.
Vygotsky, L. S. (1994). A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores (5ª ed.). São Paulo: Martins Fontes.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Frida Serafina Franke de Lima, Elaine Laumann, Luana Maris Borri

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. A revista segue a política para Periódicos de Acesso Livre, oferecendo acesso livre, imediato e gratuito ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona mais democratização internacional do conhecimento. Por isso, não se aplica taxas, sejam elas para submissão, avaliação, publicação, visualização ou downloads dos artigos. Além disso, a revista segue a licença Creative Common (CC BY) permitindo qualquer divulgação do artigo, desde que sejam referenciados o artigo original. Neste sentido, os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: A) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC BY), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. B) Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional e não institucional, bem como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. C) Autores sãoo estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: repositórios online ou na sua página pessoal), bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
