A Reação das PMEs Portuguesas perante a Crise da Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v15.nse2.10-21Palavras-chave:
Políticas públicas, Covid19, Empresas portuguesas, Crise econômicaResumo
Objetivo do estudo: o presente estudo analisa a reação das micro, pequenas e médias empresas – MPEs às políticas públicas de apoio às empresas nacionais durante o período de lockdown em Portugal. Metodologia/abordagem: o estudo utilizou um questionário realizado pelo INE em parceria com o Banco de Portugal. A pesquisa foi desenvolvida para monitorar o impacto da pandemia nas empresas e este estudo analisa os resultados da pesquisa. Principais resultados: a pesquisa indicou que as empresas mais afetadas pelo lockdown foram as microempresas, principalmente do setor de hotelaria e restaurantes. No entanto, 82,3% das MPEs continuaram total ou parcialmente a exercer as suas atividades durante o bloqueio. A maioria das empresas não planejava usar mecanismos de apoio do governo, como acesso a crédito a taxas de juros mais baixas. No entanto, mais de cem mil empresas utilizaram o instrumento de demissões simplificadas disponibilizado pelo governo para suspender os contratos de trabalho. Contribuições teórico-metodológicas: o estudo mostra que, ao contrário das expectativas dos formuladores de políticas, a maioria das MPEs não utilizou o crédito como ferramenta de apoio para superar a pandemia, dentre as demais políticas de apoio a mais utilizada foi a suspensão do pagamento dos impostos. Relevância/originalidade: é importante porque permite analisar quais tipos de políticas públicas podem levar as pequenas empresas a enfrentar a crise provocada pela Covid-19. Contribuições sociais/gerenciais: o estudo demonstra que a formulação e implementação de políticas públicas podem impactar nas MPEs, mas muitas vezes o desenho das políticas não atinge efetivamente seu público-alvo.Referências
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