Movimento Estudantil na Paraíba e Prática Profissional em Arquitetura e Urbanismo

Autores

  • Marcela Dimenstein UNIPÊ
  • Armando José Batista Fernandes UNIPÊ

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v16.n4.873-890

Palavras-chave:

direito à cidade, arquitetura e urbanismo, formação, atuação profissional

Resumo

A participação da população e das lutas sociais no planejamento urbano e no debate em relação ao Direito à Cidade é uma das questões mais desafiadoras para o campo da Arquitetura e Urbanismo. Ela vem sendo abordada por inúmeros pesquisadores do mundo inteiro, os quais apontam para a necessidade de uma atuação ativa, constante e de qualidade por parte do(a)s cidadão(a)s no sentido de garantir justiça social e igualdade de direitos de viver, usar e produzir o espaço urbano. Nesse sentido, esta pesquisa buscou analisar de que forma a participação de alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Paraíba no Movimento Estudantil pode impactar na sua atuação profissional. Como procedimento metodológico, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com membros atuantes no Movimento Estudantil entre as décadas de 1980 e 2010. Conclui-se que a possibilidade de participação em uma entidade estudantil pode favorecer a compreensão da classe profissional e do exercício do ofício de forma socialmente comprometida e estimular o desenvolvimento da atividade docente, indicando o interesse pelas pautas relacionadas à educação.

Biografia do Autor

Marcela Dimenstein, UNIPÊ

Arquiteta e Urbanista graduada pela UFPB em 2011, Mestre pelo PPGAU/UFPB em 2014 e Doutora pelo PPGAU/UFRN em 2021. Atualmente é professora assistente do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de João Pessoa e do Instituto de Educação Superior da Paraíba.

Armando José Batista Fernandes, UNIPÊ

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário de João Pessoa.

Referências

Albuquerque, J. (1977). Movimento estudantil e consciência social na América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Baldin, N. & Munhoz, E. (2011). Educação ambiental comunitária: uma experiência com a técnica de pesquisa snowball (bola de neve). REMEA, 27, 46-60. https://doi.org/10.14295/remea.v27i0.3193

Barbosa, A. (2008). A (Des)articulação do Movimento Estudantil: (Décadas de 80 e 90). Educação: Teoria e Prática, 10(18), 5-14.

Benevides, S. (2006). Na Contramão do Poder: Juventude e Movimento Estudantil. São Paulo: Annablume.

Dias, L. & Silva, J. (2018). O direito à cidade e os movimentos sociais: o movimento #OcupeEstelita e a materialização da utopia. Periódicos UNIFOR, 23(2), 1-13. https://doi.org/10.5020/2317-2150.2018.6450

Freire, S. (2008). Movimento Estudantil no Brasil: Lutas Passadas, Desafios Presentes. Revista Historia de la Educación Latinoamericana, 11, 131-146.

Fonseca, M. P. (2008). O movimento estudantil como espaço dialógico de formação (Trabalho de Conclusão de Curso). Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília.

Harvey, D. (2014). Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo: Martins Fontes.

Maior, J. (2013). Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo.

Maricato, E. (2013). As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias Planejamento urbano no Brasil. Petrópolis: Vozes.

Markun, P. (2014). Os arquitetos e a ditadura. Paraná: Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná.

Mesquita, M. (2008). Cultura e política: A experiência dos coletivos de cultura no movimento estudantil. Revista Crítica de Ciências Sociais, 81, 179-207.

Mesquita, M. (2003). Movimento estudantil brasileiro: Práticas militantes na ótica dos Novos Movimentos Sociais. Revista Crítica de Ciências Sociais, 66, 117-149.

Mische, A. (1997). De estudantes a cidadãos: Redes de jovens e participação política. Revista Brasileira de Educação, 5, 134-150.

Nascimento, T. (2015). Do fragmento à reorganização: movimento estudantil da UFPB (1975-1979) (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-graduação em História, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

Prodanov, C. C. & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico (2a ed.). Novo Hamburgo: Feevale.

Rolnik, R. (2003). Política Urbana no Brasil – Esperança em Meio ao Caos? Revista da ANTP, 25, 11-18.

Sander, R. (2018). 1968: quando a terra parou (1a ed.). São Paulo: Vestígio.

Sobarzo, O. (2006). A produção do espaço público: da dominação à apropriação. GEOUSP: Espaço e Tempo, 10(2), 93-111. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2006.73992

Soto, E. & Zappa, R. (2018). 1968: eles só queriam mudar o mundo (2a ed). Rio de Janeiro: Zahar.

Poerner, A. (1968). O Poder Jovem – história da participação política dos estudantes brasileiros. Rio de Janeiro: Civilização brasileira.

Tavolari, B. (2016). Direito à cidade: uma trajetória conceitual. Novos Estudos CEBRAP, 35(1), 93-109. https://doi.org/10.25091/S0101-3300201600010005

Thiollent, M. (1998). Maio de 1968 em Paris: testemunho de um estudante. Revista Tempo Social, 10(2), 63-100. https://doi.org/10.1590/S0103-20701998000200006

Valle, M. (2008). 1968: o diálogo é a violência – movimento estudantil e a ditadura militar do Brasil (2a ed.). Campinas: Editora da Unicamp.

Vechia, R. S. D. (2012). Movimentos Sociais e Movimento Estudantil. Sociedade Em Debate, 18(1), 31-54.

Downloads

Publicado

2024-03-19

Edição

Seção

Artigo

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.