O SENTIDO DA MÍSTICA COMO UMA PERFORMANCE CULTURAL DO MST

Autores

  • Antonio de Jesus Pereira Universidade Federal de Goiás (EMAC/UFG)

DOI:

https://doi.org/10.14571/cets.v6.n1.289-300

Resumo

Procura-se falar de performance cultural a partir dos estudos realizados por Schechner, estudioso da performance, e também por Turner, que realizou trabalhos que contribuem com as discussões sobre as performances culturais através da antropologia da experiência. Neste sentido, este trabalho tem o objetivo de buscar compreender a mística do MST como uma performance cultural da organização, visando trazer os costumes e valores sociais dos trabalhadores ligados ao movimento. Isto nos leva a compreender o processo histórico de luta de outras organizações sociais que contribuíram com as práticas culturais manifestadas pelo MST através do trabalho de sua militância. Neste sentido, busca-se compreender de que maneira a mística do MST pode ser considerada como uma performance cultural em que os trabalhadores sem terra manifestam os seus desejos e indignação. Para a abordagem sobre a mística do MST buscou-se apoio na discussão feita por Bogo, na obra ‘Vigor da mística’, bem como em outros autores que fazem referência ao assunto, os quais abordam elementos que possibilitam conceber a mística como uma performance. As abordagens destes autores dão subsídio para melhor compreender as manifestações culturais dos sujeitos como performances culturais. É o caso de compreender a mística como uma prática cultural do MST, portanto, uma performance que contribui com o processo de luta social da organização dos sem-terra.

Publicado

2014-09-29