A Sustentabilidade Ambiental como Base para Engenheiros Civis em Formação nas Universidades Públicas de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v14.n4.570-581Resumo
A construção civil é uma das indústrias que mais impactam ambientalmente pela relação da extração da matéria-prima, energia e geração de resíduos. A maioria das obras não utiliza critérios de sustentabilidade. O objetivo desta pesquisa é a realização do levantamento do conteúdo dos Trabalhos de Conclusão de Curso – TCCs e dos Programas Pedagógicos de Curso – PPC das Instituições de Ensino Superior - IES públicas de engenharia civil do estado de Pernambuco, totalizando seis campi, em cinco IES, identificando elementos relacionados à sustentabilidade ambiental, aplicados ao ensino da engenharia civil. Os resultados mostraram que apenas em cinco PPCs o termo sustentabilidade foi encontrado, dentre 22 citações. O meio ambiente foi identificado nos seis PPCs, totalizando 86 citações. Nos TCCs, elaborados por 4 IES, que tiveram concluintes em 2019.1, o termo sustentabilidade foi encontrado em 111 citações e meio ambiente, em 152, respectivamente. Conclui-se que existe necessidade da revisão dos PPCs, como também o incentivo aos TCCs na inclusão de temas que possam prover, aos futuros engenheiros, o correlacionamento das áreas meio ambiente e sustentabilidade de modo transversal nas matrizes curriculares.Referências
Adeodato, M. T. P. C., Silva, M. R., Shimbo, I., & Teixeira, B. A. (2004). O ensino da sustentabilidade em cursos de graduação em engenharia civil integrando pesquisa e extensão: a experiência da UFSCar. Cong. Bras. Educação em Engenharia, p. 9, 2004.
BARDIN, L. (2011). Análise de Conteúdo/Laurence Bardin; Tradução Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições, 70.
Boyle, C. (1999). Education, sustainability and cleaner production. Journal of Cleaner Production, 7(1), pp. 83-87.
BRASIL (2002). Resolução CNE/CES 11/2002, “Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia”.
BRASIL, MEC-INEP. Censo da Educação Superior de 2009. Resumo Técnico, v. 34, 2010.
CIB. Conselho Internacional para a Pesquisa e Inovação em Construção. Agenda 21 for Sustainable.
CIB - INTERNATIONAL COUNCIL FOR RESEARCH AND INNOVATION IN BUILDING AND CONSTRUCTION. Agenda 21 para a construção sustentável / trad. De I. Gonçalves, T. Whitaker; ed. de G. Weinstock. – São Paulo, 2000.131 p.
DASILVA, L., Quelhas, O. L. G., & França, S. L. B. (2008). A inclusão dos princípios do desenvolvimento sustentável no ensino da engenharia. In: Congresso Brasileiro de Engenharia, COBENGE, XXXVI. 2008.
da Silva, D. G. C., da Silva, J. D. J. C., & Rabbani, E. R. K. (2017). Importância do estudo da sustentabilidade nos cursos de graduação e pós-graduação de Engenharia Civil: estudo de caso em IES de Pernambuco. Principia, João Pessoa, 1, pp. 150-156.
Demajorovic, J., & Silva, H. C. O. D. (2012). Formação interdisciplinar e sustentabilidade em cursos de administração: desafios e perspectivas. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 13(5), pp. 39-64.
Davidson, C. I., Hendrickson, C. T., Matthews, H. S., Bridges, M. W., Allen, D. T., Murphy, C. F., ... & Austin, S. (2010). Preparing future engineers for challenges of the 21st century: Sustainable engineering. Journal of cleaner production, 18(7), pp. 698-701.
Elkington, J. Triple bottom line revolution: reporting for the third millennium. Australian CPA, v. 69, p. 75, 1994.
FRANCO, Maria Laura Puglisi Barbosa. Análise de conteúdo. 3. ed. Brasília: Líber Livro, 2008.
LEITE, C.; AWAD, J.D.C.M. 2012. Cidades sustentáveis: desenvolvimento sustentável num planeta urbano. Porto Alegre, Bookman, p.264.
Goldemberg, J., Agopyan, V., & John, V. M. (2011). O desafio da sustentabilidade na construção civil (Vol. 5). Editora Blucher.
Loureiro, S. M., PEREIRA, V. L., & PACHECO, W. (2016). A sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável na educação em engenharia. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, 20(1), pp. 306-324.
Marques, C. T., Gomes, B. M. F., & Brandli, L. L. (2017). Consumo de água e energia em canteiros de obra: um estudo de caso do diagnóstico a ações visando à sustentabilidade. Ambiente construído, 17(4), pp. 79-90.
Mendes, R. M., & Miskulin, R. G. S. (2017). A análise de conteúdo como uma metodologia. Cadernos de Pesquisa, 47(165), pp. 1044-1066.
NAÇÕES UNIDAS DO BRASIL – ONU BR. A Agenda 2030. Disponível em: <http://www.agenda2030.org.br/sobre/>. acesso em 18 de set. 2019.
Pinheiro, M. (2003). Construção sustentável: mito ou realidade. In Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente (Vol. 7).
Pinto, A. R. D. S. (2015). A formação de engenheiros em Pernambuco: algumas histórias.
Rech, M., Novaes, T., Dorion, E. C. H., & Olea, P. M. (2017, October). Desenvolvimento Sustentável nas Perspectivas Ambiental, Econômica e Social no Brasil. In XVII Mostra de Iniciação Científica, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão
SATTLER, M. A. Edificações e comunidades sustentáveis: atividades em desenvolvimento no NORIE/UFRGS. In: CIB Symposium on Construction & Environment - Theory into Practice, São Paulo, 2000.
SPRINGETT, Delyse. ‘Education for sustainability’in the business studies curriculum: a call for a critical agenda. Business Strategy and the Environment, v. 14, n. 3, pp. 146-159, 2005.
Trigueiro, A. (2017). Cidades e Soluções: Como construir uma sociedade sustentável. Leya.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2021 Arlindo Raposo de Mello Sobrinho, Luciano Andreatta Carvalho da Costa, Romildo Morant de Holanda
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
The BRAJETS follows the policy for Open Access Journals, provides immediate and free access to its content, following the principle that making scientific knowledge freely available to the public supports a greater global exchange of knowledge and provides more international democratization of knowledge. Therefore, no fees apply, whether for submission, evaluation, publication, viewing or downloading of articles. In this sense, the authors who publish in this journal agree with the following terms: A) The authors retain the copyright and grant the journal the right to first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License (CC BY), allowing the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal. B) Authors are authorized to distribute non-exclusively the version of the work published in this journal (eg, publish in the institutional and non-institutional repository, as well as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal. C) Authors are encouraged to publish and distribute their work online (eg, online repositories or on their personal page), as well as to increase the impact and citation of the published work.