Projeto da Modernidade Ocidental da Educação e Epistemologias Resistentes
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v16.n1.84-91Palavras-chave:
Epistemologia, Educação Ocidentalizada, Descolonização do conhecimento, Discurso, Processo EducacionalResumo
Historicamente a educação perpassa por facetas que atravessam o projeto da modernidade ocidental da educação. Em contrapartida a este processo dominador de conhecimento surgem as epistemologias resistentes. Desse modo, interessa-nos assinalar as séries de signos das epistemologias da resistência que se contrapõem ao projeto da modernidade ocidental da educação, especificamente faremos o mapeamento das fontes que se ocupam das pedagogias que permeiam a práxis das epistemologias resistentes, escavaremos as fraturas de texto que assinalam o processo dominante do projeto da modernidade ocidental da educação e por fim analisaremos/descreveremos os processos educativos que permeiam a superação do projeto da modernidade ocidental da educação em detrimento das epistemologias resistentes. Para tal, importa saber: quais são as pedagogias que atravessam as epistemologias resistentes dos movimentos sociais? Neste intuito, faremos jus à caixa de ferramenta metodológica da Análise Arqueológica do Discurso (AAD) de Foucault (2008). No conjunto das coisas ditas e escritas foi possível assinalar que os movimentos sociais são essenciais no processo da superação da educação eurocêntrica, etnocêntrica e sociocêntrica, porquanto, as epistemologias resistentes estão acionadas nas pedagogias da Educação Popular, da Pedagogia do Oprimido e da Pedagogia do Movimento. Pedagogias que descolonizam a educação ocidentalizada.
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