ARTES VISUAIS E SEU ENCONTRO COM O TRÁFICO – A INTERDISCIPLINARIDADE COMO POSSIBILIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.14571/cets.v10.n2.109-116Resumo
O tráfico de pessoas é um fenômeno expressivo e tem aumentado na sociedade contemporânea produzindo um grande número de vÃtimas, principalmente mulheres entre dezoito e vinte quatro anos. A sociologia, a biblioteconomia e as artes visuais tem um papel preponderante na prevenção desse fenômeno no sentido de desenvolver atividades interdisciplinares onde informação e discussão sociológica se entrelaçam com as artes visuais para prevenção das violências e promoção da cultura da paz. Do entrelaçamento dessas áreas surgiu a oficina sobre Tráfico de pessoas: informar para prevenir que visou integrar conteúdos e atividades curriculares com a reflexão crÃtica sobre a realidade social. Para garantir a conexão entre sociologia, biblioteconomia e artes visuais apresentou-se na III Semana de Ciência e Tecnologia e VI Semana do Livro e da Biblioteca, evento realizado no IFG/Inhumas em outubro de 2014, um minicurso e uma oficina, atividades interdependentes, com duração de 4 horas cada seção. O minicurso teve por objetivo a integração da discussão teórica contemplada no conteúdo programático da disciplina de sociologia e do projeto cadastrado com a oficina Tráfico de pessoas: colando e pintando a prevenção. O “desafio†posto aos participantes de confeccionar cartazes utilizando recortes de revistas teve objetivo de sensibilizar, por meio da arte, a comunidade sobre o tema em questão. Alguns cartazes produzidos foram distribuÃdos na comunidade e outros selecionados para exposições em eventos com a finalidade de alertar sobre o problema do Tráfico de mulheres. O público participante foram os discentes dos Cursos Técnicos Integrados do IFG e as mulheres do Programa Mulheres Mil. A proposta interdisciplinar se justificou por estabelecer a interação entre processo de ensino-aprendizagem a um conjunto de experiências que auxiliam a reflexão dos estudantes sobre direitos humanos. A metodologia proposta ganhou o interesse dos discentes e participação da comunidade ao visitar a exposição. Isso abre não só espaço para outras iniciativas semelhantes, mas também para despertar a necessidade de mudanças sociais, comportamentais e culturais.Referências
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