Reflexões acerca de uma Webconferência de Divulgação Científica sobre Astrobiologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v16.n4.970-986

Palavras-chave:

Vida, Ensino, Interdisciplinaridade, Vídeo, Astronomia

Resumo

Este artigo tem como objetivo investigar a realização da webconferência intitulada “Busca por bioassinaturas em superfícies planetárias” ministrada pelo professor Douglas Galante, em 2021. Em especial, foram examinadas as concepções dos participantes deste evento sobre os tópicos abordados. Para fundamentar teoricamente esta pesquisa, foi feita uma revisão da literatura científica existente, por meio da ferramenta de busca do “Google Acadêmico”, usando como palavras-chave, termos como “astrobiologia”, exobiologia” e “ensino de ciências”. Foram caracterizados em detalhes os métodos usados para planejar e realizar a webconferência investigada. Os resultados desta ação foram discutidos por duas vertentes. Em primeiro lugar, a partir do exame dos dados associados à gravação em vídeo da webconferência que podem ser obtidos pelas ferramentas do YouTube Analytics. Em segundo lugar, pela análise e interpretação dos padrões de respostas dadas por 17 participantes da webconferência que responderam voluntariamente às perguntas de um questionário disponibilizado durante a transmissão, por meio do link de um “Formulário Google”. Os dados obtidos foram interpretados à luz da literatura científica existente sobre os temas tratados. A realização desta atividade remota de divulgação científica permitiu compreender o significativo potencial pedagógico da Astrobiologia, principalmente pela sua natureza interdisciplinar e pelo seu caráter motivador.

Biografia do Autor

José Euripedes Bezerra Brito, Instituto Federal de São Paulo (IFSP) – Campus Caraguatatuba

Licenciando em Física no IFSP-Caraguatatuba.

Ricardo Roberto Plaza Teixeira, Instituto Federal de São Paulo (IFSP) – Campus Caraguatatuba

Licenciado e Bacharel em Física pela UNICAMP (1984), Licenciado e Bacharel em História pela USP (2000), Mestre em Física pela USP (1988), Doutor em Física pela USP (1996) e Professor Titular do IFSP-Caraguatatuba.

Referências

Akins, A. B. et al. (2021). Complications in the ALMA Detection of Phosphine at Venus. The Astrophysical Journal Letters, 907(L27). Recuperado de: https://iopscience.iop.org/article/10.3847/2041-8213/abd56a/pdf.

Alabí, L. P. (2011). Pigmentos biológicos como candidatos a bioassinaturas para Astrobiologia. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biologia) – Universidade Federal do ABC, Santo André, SP. Recuperado de: https://www.academia.edu/24745851/Biological_Pigments_as_candidates_for_biosignaturas_for_Astrobiology.

Allègre, C. J., Manhès, G. & Göpe, C. (1995). The age of the Earth. Geochimica et Cosmochimica Acta, 59(8), 1445-1456. Recuperado de: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/0016703795000544.

Athayde, S. A. (2015). Processo educacional no ensino de Ciências e Biologia na perspectiva da Astrobiologia. Dissertação (Mestrado em Ensino de Astronomia) – Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA. Recuperado de: http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/245.

Bains, W. et al. (2020). Phosphine on Venus Cannot be Explained by Conventional Processes. ArXiv. Recuperado de: https://arxiv.org/abs/2009.06499.

Benner, S. A. (2010). Defining Life. Astrobiology, 10(10), 1021-1030. Recuperado de: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3005285/.

Bennett, J. (2018). Scientists discover traces of world’s oldest sponge. The John Hopkins News-Letter. Recuperado de: https://www.jhunewsletter.com/article/2018/11/scientists-discover-traces-of-worlds-oldest-sponge.

Cavalier-Smith, T., Brasier, M. & Embley, T. M. (2006). Introduction: how and when did microbes change the world? Philosophical Transactions B, 361(1470), 845-850. Recuperado de: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1626534/.

Chefer, C. (2020). Astrobiologia no contexto do ensino de ciências no Brasil: cosmovisões de pesquisadores e professores da área. Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência e a Matemática) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR. Recuperado de: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5989.

Costa, F. S. M. (2021). Uma jornada pela vida no cosmos: relato de experiência de ensino de Astrobiologia na escola. Cadernos de Astronomia, 2(2), 142-152. Recuperado de: https://periodicos.ufes.br/astronomia/article/view/34052.

Crawford, I. A. (2017). Widening perspectives: the intellectual and social benefits of astrobiology (regardless of whether extraterrestrial life is discovered or not). International Journal of Astrobiology, 17(1), 57-60. Recuperado de: https://arxiv.org/ftp/arxiv/papers/1703/1703.06239.pdf.

Damineli, A. & Damineli, D. S. C. (2007). Origins of life. Estudos Avançados, 21(59), 263-285. Recuperado de: https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10222.

Damineli, A. & Steiner, J. (2010). O Fascínio do Universo. São Paulo: MCT/CNPq/SAB. Recuperado de: https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10222.

Deamer, D. W. & Fleischaker, G. R. (1994). Origins of life: The Central Concepts. Boston, U.S.A.: Jones and Bartlett Learning.

Elliot, N. (2021). Life Is Complicated—Literally, Astrobiologists Say. Scientific American. Recuperado de: https://www.scientificamerican.com/article/life-is-complicated-literally-astrobiologists-say/.

El-Dash, N. A. (2019). O que quer dizer reprodutibilidade na Ciência? Polling Data. Recuperado de: https://www.pollingdata.com.br/2019/09/o-que-quer-dizer-reprodutibilidade-na-ciencia/.

Fidler, F. & Wilcox, J. (2018). Reproducibility of Scientific Results. The Stanford Encyclopedia of Philosophy Archives. Recuperado de: https://plato.stanford.edu/archives/win2018/entries/scientific-reproducibility/.

Galante D. et al. (2016). Astrobiologia: uma ciência emergente. São Paulo: Tikinet Edição e IAG/USP. Recuperado de: https://www.iag.usp.br/sites/default/files/2023-01/2016_galante_horvath_astrobiologia.pdf.

Greaves, J. S. et al. (2020). Phosphine gas in the cloud decks of Venus. Nature Astronomy, 5, 655–664. Recuperado de: https://www.nature.com/articles/s41550-020-1174-4.

Godoy, B. C. (2016). O ambiente criogênico Antártico como análogo às luas geladas do Sistema Solar. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) – UNESP e Laboratório Nacional de Luz Síncroton, Campinas, SP. Recuperado de: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/203827.

Junges, A. L. et al. (2018). Efeito estufa e aquecimento global: uma abordagem conceitual a partir da física para educação básica. Experiências em Ensino de Ciências, 13(5), 126-151. Recuperado de: https://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID531/v13_n5_a2018.pdf.

Kuhn, T. (1996) A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva.

Leakey, M. G. et al. (1998). New specimens and confirmation of an early age for Australopithecus anamensis. Nature, 393, 62–66. Recuperado de: https://www.nature.com/articles/29972.

Marino, L. (2015). The landscape of intelligence. In: Dick, Steven J. The impact of discovering life beyond Earth. Cambridge, U.K.: Cambridge University Press.

Mello, F. S. (2017). Zona de habitabilidade galáctica para vida simples e para vida complexa. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Recuperado de: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-23082019-002723/pt-br.php.

Mendez, J. P. & Capistrano, A. J. S. (2017). Caracterização de habitabilidade exoplanetária: cálculo de distâncias de zonas habitáveis e análise espectral. Anais do 6º Encontro de Iniciação Científica, EICTI, Foz de Iguaçu, PR. Recuperado de: https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/3472.

Oliveira, L. G. S, Cassino, F. S. L. & Oliveira, N. V. (2005). Perturbações Gravitacionais e a Atividade Tectônica em Europa. 9th International Congress of the Brazilian Geophysical Society & EXPOGEF, Society of Exploration Geophysicists and Brazilian Geophysical Society, Salvador, BA. Recuperado de: https://library.seg.org/doi/10.1190/sbgf2005-415.

Paulino-Lima, I. G. & Lage, C. A. S. (2010). Astrobiologia: definição, aplicações, perspectivas e panorama brasileiro. Boletim da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), 29(1), 14-21. Recuperado de: https://sab-astro.org.br/wp-content/uploads/2018/10/Paper2.pdf.

Oreiro, R. & Solbes, J. (2017). Secondary School Students' Knowledge and Opinions on Astrobiology Topics and Related Social Issues. Astrobiology, 17(1). Recuperado de: https://www.liebertpub.com/doi/epub/10.1089/ast.2015.1445.

Pereira, M. G. (2020). Levantamento de trabalhos científicos sobre o ensino da Astrobiologia no Brasil. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências) – Universidade tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Medianeira, PR. Recuperado de: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25841.

Quillfeldt, J. A. (2010). Astrobiologia: água e vida no sistema solar e além. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 27(Especial), 685-697. Recuperado de: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2010v27nespp685.

Rampelotto, P. H. (2012). A química da vida como nós não conhecemos. Química Nova, 35(8), 1619-1627. Recuperado de: https://www.scielo.br/j/qn/a/YBMpZRFg6W5GKjSMc3GrgNf/?lang=pt&format=html.

Santos, A. C. S. & Pontes, A. N. (2022). Emissões de gases de efeito estufa e mudanças climáticas no estado do Pará. Educamazônia - Educação, Sociedade e Meio Ambiente, 15(1), 87-105. Recuperado de: https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/educamazonia/article/view/10158.

Seager, S. et al. (2005). Vegetation's red edge: a possible spectroscopic biosignature of extraterrestrial plants. ArXiv. Recuperado de: https://arxiv.org/pdf/astro-ph/0503302.pdf.

Seager, S. & Deming, D. (2010). Exoplanet Atmospheres. ArXiv. Recuperado de: https://arxiv.org/ftp/arxiv/papers/1005/1005.4037.pdf.

Silva, L. M. A. et al. (2016). Astrobiologia no ensino de ciências: uma abordagem interdisciplinar e transdisciplinar para professores do ensino fundamental. Anais do IV Simpósio Nacional de Educação em Astronomia (SNEA), Goiânia, GO. Recuperado de: https://www.sab-astro.org.br/wp-content/uploads/2018/04/SNEA2016_TCP10.pdf.

Spohn, T., Breuer, D. & Johnson, T. V. (2014). Encyclopedia of the Solar System. Amsterdam, Netherlands: Elsevier.

Villanueva, G. et al. (2020). No evidence of phosphine in the atmosphere of Venus by independent analyses. ArXiv. Recuperado de: https://arxiv.org/abs/2010.14305.

Downloads

Publicado

2024-03-19

Edição

Seção

Artigo