FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A INCLUSÃO
REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.14571/brajets.v15.nse1.47-64Resumo
A diversidade, complexidade e intensidade das situações sociais da atualidade exige da escola, e muito particularmente dos professores, respostas assertivas e diversificadas. Não obstante, reconhece-se alguma unanimidade científica para a existência de constrangimentos vários, sentidos e relatados pelos professores de educação física (EF) no que concerne à sua competência para a implementação de processos inclusivos nas respetivas aulas. Face ao exposto é cada vez mais pertinente resgatar a reflexão sobre a formação do professor de EF inclusivo, particularmente a nível da organização e estruturação dos currículos, no que concerne ao desenvolvimento de competências para intervir com alunos com incapacidade na formação de professores de EF. Assim esta investigação teve como objetivo o estudo das representações que se encontram associadas à formação de professores de EF para a inclusão. Desenvolvido sob o paradigma interpretativo, o estudo teve como instrumento de recolha de dados a entrevista semiestruturada aplicada a um grupo de 3 professores universitários de 4 instituições universitárias portuguesas com formação de professores de EF. Este grupo de docentes apresentava uma média de idades de 53±13,49 anos e 20±19 anos de serviço docente universitário. Os dados foram submetidos à técnica de análise de conteúdo (Bardin, 2008). Os resultados identificam a necessidade de modelar as dimensões: i) da formação inicial, particularmente no que concerne aos constrangimentos, às estratégias para a inclusão em EF e às abordagens de formação e capacitação; ii) do perfil do Professor de educação física Inclusivo, realçando-se a formação humana e ética, a motivação, o domínio das competências técnicas, os conhecimentos específicos da deficiência, o conhecimento cientifico multidisciplinar, a capacidade de adaptabilidade e ser um promotor/facilitador de inclusão; iii) da formação contínua, onde se destacam as razões para a participação e não participação; iv) das aspirações para a formação inicial, reconhecendo-se a necessidade do desenvolvimento da formação prática em contexto real, da existência de unidades curriculares de longo prazo e a necessidade da prática pedagógica orientada em contexto real.Downloads
Publicado
2022-09-27
Edição
Seção
Métodos e Estratégias Didático-Pedagógicas na Gestão e no Ensino
Licença
Copyright (c) 2022 Tadeu Celestino , Antonino Pereira, Esperança Ribeiro
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