Perfil do agricultor quanto ao uso e periculosidade de agrotóxicos

Autores

  • Helane Carine de Araújo Oliveira Instituto Federal de Alagoas, IFAL
  • Heloísa Helena Figuerêdo Alves Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). Maceió, AL, Brasil.
  • Amanda Lima Cunha Universidade Federal de Alagoas
  • Jessé Marques da Silva Junior Pavão Centro Universitário Cesmac. Maceió, AL, Brasil
  • Aldenir Feitosa dos Santos Centro Universitário Cesmac. Maceió, AL, Brasil e Universidade Estadual de Alagoas. Arapiraca, AL,Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v17.n1.62-70

Palavras-chave:

Práticas Agrícolas, Meio Ambiente, Saúde Humana

Resumo

O Brasil é grande consumidor de agrotóxicos para manter alta produção das culturas agrícolas combatendo pragas, doenças e plantas daninhas. Quando há manejo errado ocorrem implicações no meio ambiente e saúde humana. Diante disto, o objetivo do estudo foi avaliar o perfil do agricultor quanto ao uso de agrotóxicos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 140 agricultores do Agreste Alagoano, no ano de 2019. 49,28% não concluíram o ensino fundamental e 20,76% não sabem ler. Foi constatado que 81,44% usam agrotóxicos e dos 32 tipos citados, 83,13% são inadequados às culturas, 34,37% são extremamente tóxicos à saúde humana e 78,12% são muito perigosos ao meio ambiente. Quanto aos Equipamentos de Proteção Individual, 45,71% não usam no momento da preparação e 37,85% não usam no momento da aplicação dos agrotóxicos, com o uso de forma incompleta. Apenas 5,71% fazem a tríplice lavagem e 40% queimam as embalagens após o uso. Os principais sintomas percebidos por agricultores durante ou após o uso dos agrotóxicos foram alterações na visão (48,5%), nervosismo, tensão e preocupação (48,5%) e tonturas (32,8%). De forma geral, as várias ações inadequadas de manejo dos agrotóxicos podem estar relacionadas à baixa escolaridade dos agricultores o que leva a riscos ao ambiente e à saúde.

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Publicado

2024-03-28

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