Letramento(s) na Perspectiva da Aprendizagem Significativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v15.n2.227-236

Resumo

O atual panorama da Educação Básica no Brasil, conforme resultados do PISA (2018), requer especial atenção de estudiosos e do governo no que se refere ao nível de escolarização de proficiência em leitura (letramento), pois cerca de 50% dos estudantes não alcançaram tal proficiência ao final do ensino médio, como é o esperado. Assim, buscou-se verificar se há dialogicidade entre o modelo de letramento ideológico proposto por Street e a aprendizagem significativa de David Ausubel para responder ao seguinte questionamento: É possível ensinar/aprender (desenvolver) letramento de forma a tornar a aprendizagem significativa para o sujeito (estudante da Educação Básica)? No contexto apresentado, este artigo é um ensaio teórico que se baseia na leitura analítica de importantes autores que trabalham com a temática de letramento, bem como tecitura envolvendo o conceito de aprendizagem significativa de Ausubel. A conclusão é de que há a necessidade de a escola desenvolver o letramento na perspectiva da formação integral do estudante.

Biografias Autor

Maria Aparecida Paula, Universidade Estadual de Goiás, UEG

Graduada em Letras: Português/Inglês pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), é especialista em Psicopedagogia pela Faculdade Albert Einstein de Brasília e em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Professora efetiva da Secretaria de Estado da Educação de Goiás atuando como professora-formadora. Atualmente, discente do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da UEG-Anápolis

Plauto Simão De-Carvalho, Universidade Estadual de Goiás, UEG

Graduado em Biologia pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), especialista em Biologia Vegetal pela UEG, mestre em Botânica pela Universidade de Brasília (UnB) e doutor em Ecologia pela UnB. É doutorado Sanduíche pela University of Oxford e Royal Botanic Gardens. Atualmente, é professor da Universidade Estadual de Goiás, Coordenador do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e atua como pesquisador associado ao LAPIG-UFG (Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento).

Sabrina Miranda, Universidade Estadual de Goiás, UEG

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), especialista em Biologia Vegetal pela UEG, mestre em Botânica pela Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Ecologia pela UnB. Atualmente, se dedica à pesquisa na área de formação de professores vinculada ao Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da UEG-Anápolis (http://www.ppec.ueg.br). É professora associada no LAPIG-UFG (Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento) onde desenvolve projetos de pesquisa e co-orienta alunos de doutorado.

Referências

AUSUBEL, D. P. Aquisição e Retenção de Conhecimentos: Uma Perspectiva Cognitiva. 1.ª ed. Lisboa: Paralelo Editora, LDA, 2003.

BARTON, D. Preface: Literacy events and literacy practices. In: HAMILTON, M.; BARTON, D; ROZ, I. (Ed.). Worlds of literacy. Clevedon: Multilingual Matters Ltd., 1993.

BRASIL – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – Disponível em: <https://bit.ly/3mb9WpJ>. Acesso em 19 jun. 2020, às 09:41.

COOK-GUMPERTZ, J. The social construction of literacy. Cambridge: Cambridge University Press, (ed.) (2006).

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 28. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003 [1996].

GOIÁS. Conselho Estadual de Educação. Documento Curricular. Retirado do site: https://cee.go.gov.br/documento-curricular-para-goias-dc-go/ Acesso em 19/06/2020.

KLEIMAN, A. B. Preciso “ensinar†o letramento? Não basta ensinar a ler e a escrever? Cefiel/IEL/Unicamp. Ministério da Educação. Linguagem e letramento em foco. Linguagem nas séries iniciais. Brasília, 2005.

______. Leitura: ensino e pesquisa. Campinas, SP: Pontes, 2004[1989].

______. Os significados do letramento. Campinas, Mercado de Letras, 1995/2001.

¬¬¬¬¬¬¬MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. P.; MACHADO, A. R. e BEZERRA, M. A. (orgs.). Gêneros textuais e ensino. 5. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.

MIRANDA, M. I. Problemas de Aprendizagem na Alfabetização e Intervenção Pedagógica. São Paulo: Cortez, 2008.

PAHL, K.; ROWSELL, J. (Ed.). Literacy and education: Understanding the New Literacy Studies in the classroom. London: Paul Chapman Publishing, 2005.

RELATÓRIO BRASIL NO PISA 2018 – Versão Preliminar - Inep/MEC. Brasília-DF. (2019, p. 63-64) https://bit.ly/3etYfGt Retirado do site do Inep em 23 jun. 2020, à s 20:26.

SCRIBNER, S.; COLE, M. The Psychology of Literacy. Harvard University Press, 1981.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 4. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.

______. Letramento e Escolarização. In: RIBEIRO, Vera Masagão (Org.). Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2004.

______. Letramento e escolarização. In: RIBEIRO, Vera Masagão (Org.). Letramento no Brasil: reflexões a partir do INAF. São Paulo: Global, 2003b.

_______. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

_______. Letramento: Um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998/2002.

______. Língua escrita, sociedade e cultura: relações, dimensões e perspectivas. Revista Brasileira de Educação, 1995.

SOLÉ, I. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: ArtMed, 2007[1998].

SILVA, E. T. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. 4. ed. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1987.

¬¬¬¬¬¬¬¬STREET, B. V. What’s “new†in New Literacy Studies? Critical approaches to literacy in theory and practice. Current Issues in Comparative Education, Londres, 5 (2): maio, 2003.

_____. Literacy and development: ethnographic perspectives on schooling and adult education. In: _____. (Ed.). Literacy and Development: Ethnographic perspectives. London and New York: Routledge, 2001.

_____. Social Literacies: Critical approaches to literacy in development, ethnography and education. New York: Longman, 1995.

_____. Literacy in theory and pratice. New York: Cambridge University Press, 1984.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (versão final). 2017. Disponível em:< http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base >. Acesso em: 19 jun. 2020.

BRASIL – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – Disponível em: <https://bit.ly/3mb9WpJ>. Acesso em 19 jun. 2020, às 09:41.

MINISTÉRIO DA SAÚDE: <https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca>. Retirado em: 17/06/2020, à s 07:38. Disponível em: <https://bit.ly/2BzaHWV> Acesso em 23 jun. 2020, à s 21:08.

Downloads

Publicado

2022-06-22

Edição

Vol. 15 N.º 2 (2022)

Secção

Article

Licença

Direitos de Autor (c) 2023 Maria Aparecida Oliveira Paula, Plauto Simão De-Carvalho, Sabrina do Couto de Miranda

Creative Commons License

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.

The BRAJETS follows the policy for Open Access Journals, provides immediate and free access to its content, following the principle that making scientific knowledge freely available to the public supports a greater global exchange of knowledge and provides more international democratization of knowledge. Therefore, no fees apply, whether for submission, evaluation, publication, viewing or downloading of articles. In this sense, the authors who publish in this journal agree with the following terms: A) The authors retain the copyright and grant the journal the right to first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License (CC BY), allowing the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal. B) Authors are authorized to distribute non-exclusively the version of the work published in this journal (eg, publish in the institutional and non-institutional repository, as well as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal. C) Authors are encouraged to publish and distribute their work online (eg, online repositories or on their personal page), as well as to increase the impact and citation of the published work.